segunda-feira, 17 de junho de 2013

Campanha pelo fim do empate no futebol - Parte I

Juiz joga moeda que fica em pé, indicando empate
Charge de Júlio Cunha Neto
Em minha campanha pelo fim do empate no Futebol, destaquei algumas estatísticas da série A do Brasileirão de 2012. De cara, os três primeiros colocados estão na lista dos 12 times que empataram mais de 10 vezes: 1º lugar (Fluminense - 11 empates); 2º lugar (Atlético MG - 12 empates); 3º lugar (Grêmio - 11 empates).

Ou seja: o sucesso passa pelos empates, principalmente por aqueles "conquistados" fora de casa, comemorados como "vitória". Muitos times nesta situação já entram em campo com este objetivo: jogam para empatar! Não é por menos: no Futebol, o empate compensa! Quem empata ganha ponto. Um incentivo à mediocridade!

Isso também vale para as equipes pequenas, que recorrem ao jogo da retranca e da cera como salvação da pátria. Elas se fecham na defesa, para conseguir pontos sem terem que fazer gols. E, de grão em grão, a galinha enche o papo.

Parece ter sido o caso da Portuguesa, a equipe que mais empatou. Os 15 pontos conquistados nesta situação foram essenciais para que ela escapasse do rebaixamento. O Sport, uma posição abaixo na tabela, teve o mesmo número de vitórias (10) e marcou o mesmo número de gols (39). Mas parece que não investiu tanto na defesa...

Para se ter uma ideia, 105 dos 380 jogos do campeonato terminaram empatados.Poderíamos dizer que, a cada 10 jogos, quase 3 acabam sem vencedor, ou melhor dizendo, com dois vencedores.

O quadro é ainda pior pois grande parte dos empates simplesmente não têm gol. Este é um sintoma de um esporte no qual o medo de perder é mais forte do que a vontade de ganhar. 

O placar de 0x0 repetiu-se 36 vezes. Foram 3.240 minutos de bola rolando sem entrar na rede. Isto equivale a um jogo com duração de 2,25 dias. Se essa partida começasse na sexta-feira, às 21h, só terminaria na madrugada de segunda para terça, à 1h, sem direito à intervalo. E sem gol. Haja paciência!

Juntos, os jogos 0x0 arrecadaram o montante de R$ 9,7 milhões. É muito dinheiro pra gol nenhum, concorda? Eu fico pensando na frustração dos torcedores do clássico Grenal (Grêmio x Internacional), no dia 2 de dezembro. Eles renderam a maior arrecadação entre os jogos em que nada acontece: R$ 1,5 milhão. Tudo isso numa noite sem gols.

Isto sem falar na possibilidade de empates arranjados, quando beneficiam ambos os adversários, ou prejudicam um terceiro rival. Ou ainda quando são "cedidos" por equipes já classificadas ou já eliminadas.

A verdade é que o empate é uma situação anti-desportiva, que favorece a mediocridade e a desonestidade.
Se os jogos empatados fossem decididos na prorrogação ou na cobrança de pênaltys, os benefícios seriam muito maiores.

Por essas e outras que eu digo: junte-se à campanha pelo fim do empate no futebol! Já tem até música-tema. Com vocês, Jackson do Pandeiro cantando "Esse jogo não é um a um":
5 Thiago de Góes: Campanha pelo fim do empate no futebol - Parte I Charge de Júlio Cunha Neto Em minha campanha pelo fim do empate no Futebol , destaquei algumas estatísticas da série A do Brasileirão d...

2 comentários :

  1. Jogo empatado sempre pede outro. Outro jogo sempre rende mais. No fim, muitos saem ganhando...

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    1. É verdade! Não tinha pensado nesse viés. É a força da grana...

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